Oi, gente! Como vocês estão? Espero que todos bem. Eu estou bem, na verdade, tá tudo meio pombo (sabem o meme?), mas tudo passa, não é mesmo? Também estou entando arranjar forças pra realizar as minhas metas, risos. Eu não
poderia deixar de comentar aqui sobre a gravidez da Anahi, essa mulher acaba
comigo. Enlouqueci lá no Twitter quando descobri, coração de fã não aguenta.
Bom, no post anterior, eu comentei que tinha lido Garotas de Vidro e perguntei
se vocês queriam resenha, teve gente que quis e cá estou com a resenha. Fiquem
de olho aí.
Título: Garotas de
Vidro. Autora: Laurie Halse Anderson. Editora: Novo
Conceito. Número de páginas: 272.
Sinopse: Lia está doente e sua obsessão pela magreza a deixa cada vez
mais confusa entre a realidade e a mentira. Mas ela perde totalmente o controle
quando recebe a notícia de que sua melhor amiga, Cassie, morreu sozinha em um
quarto de motel. E o pior: Cassie ligou para Lia 33 vezes antes de morrer. O
que começou como uma aposta entre duas amigas para ver quem ficaria mais magra
tornou-se o maior pesadelo de duas adolescentes reféns de seus próprios corpos.
Ao negar seu problema, Lia impõe a si mesma um regime cruel em que contar
calorias não é o bastante. Ao omitir seu desespero, apela ao autoflagelo numa
tentativa premeditada de aliviar seus tormentos. Seus pais e sua madrasta
tentam ajudá-la a qualquer custo, mas nem mesmo sua doce irmã, Emma, consegue
fazer com que Lia pare de se destruir. Agora, Lia precisa encontrar um modo de
lidar com todos os seus fantasmas, e a morte de Cassie é um deles. Garotas de
Vidro é uma história intoxicante sobre a autorrepugnância e a busca pela
identidade. Neste livro, Laurie Halse Anderson aborda de modo realista a
dolorosa condição de jovens que sofrem de transtornos alimentares e sua
complicada relação com o espelho e consigo mesmos.
Garotas
de Vidro é um livro um tanto quanto conturbado. Não é nada fácil de ler
nem de lidar. Não falo isso pela escrita, mas sim pelo tema abordado. O livro é
narrado pela Lia, uma menina de dezoito anos, que sofre de anorexia e bulimia,
que inclusive, já tinha sido internada uma vez. Ela mora com o seu pai, a sua
madrasta e a sua meia-irmã, Emma. Ela tinha uma melhor amiga, chamada Cassie,
que também tinha transtornos alimentares.
O livro começa com a morte da Cassie. Quando eles a encontram
morta em um quarto de hotel. Ninguém sabe o verdadeiro motivo de sua morte. Lia
descobre que a Cassie ligou pra ela trinta e três vezes. Isso mesmo, trinta e três
vezes. E isso a atormenta por muito tempo. De certa forma, ela se sente culpada
e acredita que se tivesse atendido ao telefonema, nada disso teria acontecido. Sem
esquecer que, Lia e Cassie estavam afastadas antes disso ter acontecido.
Lia conta às calorias de tudo que come. Ela deseja um pedaço de
chocolate, mas sabe que é forte o suficiente para não comê-lo. E quando come
algo, sabe que tem que colocar aquilo para fora. Lia se acha estúpida, feia,
gorda e perdedora, e isso, fica bem claro no decorrer da história.
Em muitos livros, as garotas querem ser as mais bonitas ou as mais
populares. E em Garotas de Vidro, Lia e Cassie querem ser as mais magras. Apenas isso. E elas fizeram
até uma promessa, uma aposta pra tudo isso, que acabou virando meio que um
mantra entre elas.
As formas de como as pessoas da escola a enxergavam, também era de
assustar. As meninas tinham inveja do corpo dela, de ser tão magra. E os
meninos a enxergavam como uma morta. E eu me identifiquei muito nessa parte. Sem
contar, que a Lia encontrava na Internet, vários grupos sobre esse assunto, de
meninas relatando do que comeram no dia, de quantas abdominais fizeram... É
complicado.
Automutilação, suicídio, transtornos alimentares, alucinações, são
temas bem difíceis. No início, foi bem complicado de ler, não me prendeu muito
e eu pensei em desistir. Mas, ao decorrer da história, eu quis saber mais sobre
a morte da Cassie e sobre o que ia acontecer com a Lia.
É indescritível a forma de como a autora conseguiu passar tudo
isso. Faz a gente entrar na história e se sentir no lugar da Lia. A gente
mergulha na mente dela, sabe as suas paranoias, os seus medos e toda essa
obsessão. E a autora mesma disse que nunca passou por isso. Ela foi inteligente
o bastante para descrever o estado da Lia e não apenas comentar sobre a doença.
É triste saber que existem muitas meninas e meninos passando por
isso, saber que muitas acabam tendo o final igual o da Cassie. Sei que tem
muita gente que acha tudo isso besteira, que querem chamar a atenção. Mas não é
bem assim. Eles precisam de ajuda.
O livro é sufocante, esclarecedor, surpreendente, emocionante, difícil
e principalmente, importante. Eu indico pra todo mundo.
E é isso,
gente. Espero de coração, que tenham gostado e se não conheciam, torço para que
tenham ficado com vontade de ler.
Quem aí já leu? E quem ficou com vontade de ler? Me contem, quero
saber.
Beijos!